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Foto: @jimmycliff via Instagram/Divulgação
Brasil e Mundo

Jimmy Cliff, ícone do reggae, morre aos 81 anos

Conforme a esposa, o artista sofreu uma convulsão seguida de pneumonia nesta segunda-feira, quadro que resultou em seu falecimento.

Luan

Luan

Foto: @jimmycliff via Instagram/Divulgação

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O mundo da música perdeu nesta segunda-feira (24) um de seus nomes mais influentes. Jimmy Cliff, cantor, compositor e ator jamaicano, morreu aos 81 anos, conforme comunicado oficial divulgado por sua esposa, Latifa, segundo o Estadão.com. Ela informou que o artista sofreu uma convulsão seguida de pneumonia, quadro que resultou em seu falecimento.

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Em um texto emocionado, Latifa agradeceu aos fãs e colaboradores que acompanharam a trajetória do marido: “A todos os seus fãs ao redor do mundo, saibam que o apoio de vocês foi a força dele ao longo de toda a sua carreira… Espero que todos possam respeitar nossa privacidade durante estes tempos difíceis”, escreveu. Mais detalhes sobre cerimônias serão divulgados posteriormente.

Um talento precoce que mudou a história da música jamaicana

Nascido em St. James, Jamaica, Jimmy Cliff começou a cantar ainda adolescente. Aos 14 anos, mudou-se para Kingston decidido a viver da música — e adotou o sobrenome “Cliff” como símbolo das montanhas que pretendia escalar artisticamente. Logo se destacou nos anos 1960 com gravações que se aproximavam do ska e do rocksteady, movimentos que antecederiam o reggae moderno.

Seu repertório se tornou imortal, com canções que atravessaram décadas e fronteiras culturais. Entre os clássicos que marcaram gerações estão “Many Rivers to Cross”, “The Harder They Come”, “You Can Get It If You Really Want”, “Wonderful World, Beautiful People”, “Reggae Night” e a versão de “I Can See Clearly Now”, que se tornou referência definitiva em sua voz.

Cliff também deixou sua marca no audiovisual. Em 1972, protagonizou o filme “Balada Sangrenta” (The Harder They Come), produção que projetou o reggae internacionalmente e ajudou a apresentar a cultura rastafári ao mundo. O longa é considerado um divisor de águas na música caribenha, fazendo de Cliff um embaixador cultural da Jamaica.

Sua influência se manteve viva durante as décadas seguintes, com turnês frequentes e colaborações com grandes nomes, incluindo Rolling Stones, Rancid e Elvis Costello.

Ao longo da carreira, Jimmy Cliff foi indicado ao Grammy sete vezes e venceu duas: em 1985, com Cliff Hanger, e em 2012, com Rebirth — álbum citado pela revista Rolling Stone entre os melhores daquele ano. Em 2003, recebeu a Ordem do Mérito da Jamaica, a maior honraria nacional. Também está no Rock and Roll Hall of Fame, onde é descrito como “o primeiro campeão do reggae”, fundamental para levar o gênero além das fronteiras jamaicanas.

Sua música atravessou gerações e influenciou artistas de estilos completamente distintos. De Kingston aos palcos globais, Jimmy Cliff transformou o reggae em linguagem universal — e deixa como legado um repertório que segue inspirando milhões.


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